sexta-feira, 16 de outubro de 2009

1º Conferência Nacional de Obreiros e Obreiras da IECLB

Está se realizando em Curitiba-PR a Primeira Convençao Nacional, iniciou no dia 12 de outubro e se estenderá até o dia 16 de outubro. O enfoque central da Convenção está ligado à questão ministerial e da família do obreiro/a. No texto abaixo temos algumas idéias referentes à primeira palestra proferida pela psicóloga Roseli Künrich de Oliveira. Mais informações sobre o evento no site: www.luteranos.com.br.

O tema Pessoa, apresentado no dia 14, abriu o ciclo de palestras na I Convenção de Obreiras e Obreiros em Curitiba (PR), logo após a meditação feira pelo pastor 2º vice-presidente, Carlos Augusto Möller.“Por que e para que ser obreira e obreiro?” perguntou a psicóloga Roseli Künrich de Oliveira, especializada em atendimento pastoral, ao introduzir sua fala. “Por que você escolheu isso? Hoje, faria a mesma escolha?”Ocupação, emprego, carreira ou vocação? Como definir essa atividade? Emprego – quero ter a carteira assinada; carreira – quero ser o chefe dessa coisa; vocação – o que nos move – paixão?“Na temática do Cuidado, buscamos ter uma atitude de responsabilidade com o outro”, disse a psicóloga. “Ser obreiro é uma profissão de risco, não pensem que não”, avaliou. O cuidado com os outros é inerente à atividade, que também deve considerar o crescimento das pessoas à volta. “Uma teologia que não se deixa permear pelo servir se tornará uma teologia de glória. A igreja que se pretende terapêutica precisa despojar-se das condecorações, colocar um avental e servir! Se não fizermos isso, podemos ter lindos cultos, belas atividades, mas não somos igreja.”Lembrar sempre a ótica da diaconia, ter em mente que a encarnação é baseada na misericórdia e na ternura de Deus. “Me mobiliza muito quando vejo uma pessoa despertar no ministério a ponto de desejar trabalhar e viver um estilo de vida baseada nesses dois sentimentos – lembrando que isso não se aprende.”Obreiros e obreiras, muitas vezes, travam e ficam paralisados diante o descuido e o sofrimento. “Através de práxis da ternura cuidadora, quando alguém se detém para cuidar, consegue ressignificar o sofrimento. Quando isso acontece, existe cura”, disse. A perda da esperança adoece as pessoas. Como igreja, levamos esperança aos outros. Mas essa tem que vir de dentro para fora, com convicção. “Claro que somos só gente. Mesmo assim, temos que considerar que as comunidades nos olham como exemplo.”Roseli também lembrou da importância de se ter um tempo pessoal, horas de silêncio, de leitura da Bíblia – “muitas vezes não temos tempo nem para isso” – de exercícios físicos, tudo para ficar bem. “Quem sabe depois de um dia muito pesado, olhar um filme divertido com a família, rir muito, rir especialmente de si mesmo, ter bons amigos, desabafar – isso ajuda a tudo ficar mais leve.”Ficou a cargo do pastor emérito Wilfrid Buchweitz, com 50 anos de pastorado, fazer os comentários finais sobre a fala da psicóloga. “Quero trazer dois pontos, como uma moldura para o que foi falado anteriormente. Penso que muitas vezes nos sentimos muito pequenos, e pensando na criação de Deus, em tudo que ele criou, o ser humano realmente é muito pequeno”, disse Buchweitz.Durante muito tempo na IECLB, se pregou a questão da humildade. “Humildade é importante, mas humildade em excesso prejudica. Acho que esse perpassar da humildade em todas as atividades não fez muito bem a nossa igreja.” Ele lembra que humildade não deve nunca ser relacionada com baixa auto-estima, com “ser capacho”, com ser servil. “Isso não pode”, afirmou.O outro ponto, inspirado a partir do poeta dos Salmos, é a descoberta de quanto podemos ser grandes. “Não a grandeza da soberba, mas a grandeza que nos permite ter segurança de ajudar pessoas muito abatidas, frágeis, com problemas.” Os obreiros devem ter a liberdade de sentirem-se pequenos e grandes, e precisam lidar com essas duas coisas ao mesmo tempo. “Se nós conseguimos fazer isso, é um grande passo nas nossas vidas”, afirmou.
Assessoria de Imprensa da Presidëncia da IECLBPúblicoPúblicoPúblicoP. Wilfrid, P. Homero, RoseliRoseli, P. Homero, P. Wilfrid .

Fonte: www.luteranos.com.br

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