quinta-feira, 24 de setembro de 2009

MEDITAÇÃO

Certa vez alguém perguntou a Jesus: “Senhor, são poucos os que vão ser salvos? E Jesus respondeu: Façam tudo para entrar pela porta estreita. Pois eu afirmo a vocês que muitos vão querer entrar, mas não poderão.” Lucas 13.23-24.

O que Jesus quer dizer com esta palavra. Certamente é uma palavra de advertência. Muitos moralistas podem usá-la para condenar as outras pessoas que não vivem segundo os seus preceitos. Mas temos que tomar cuidado. Esta advertência serve para todos nós, independentemente de quem somos ou o que fazemos. Por exemplo, os fariseus, que, no tempo de Jesus, eram um grupo de religiosos que seguiam rigorosamente a Lei de Moisés, as tradições e costumes dos antepassados, julgavam-se salvos, ao mesmo tempo que condenavam os publicanos, que eram os cobradores de impostos e considerados os grandes pecadores da época. Comparando as duas classes poderíamos concluir de que os fariseus eram as pessoas que passavam pela porta estreita, o que não era possível para os publicanos. Mas Jesus deixa bem claro de que isto não é bem assim na parábola do fariseu e do publicano, em Lucas 18.9-14. Ali Jesus diz que um fariseu e um publicano, ou seja, um religiosos zeloso e um cobrar de impostos, consequentemente, um grande pecador, foram orar: O fariseu orou assim: “Ó Deus, eu te agradeço porque não sou avarento, nem desonesto, nem imoral com as outras pessoas. Agradeço-te também porque não sou como este cobrar de impostos. Jejuo duas vezes por semana e te dou a décima parte de tudo o que ganho.” Ao passo que o publicano ao orar batia no peito e dizia: “Ó Deus tem compaixão de mim, pois sou pecador.” Em relação aos dois Jesus diz: “Eu afirmo a vocês que foi o publicano, o cobrador de impostos e pecador que voltou para casa em paz com Deus. Porque quem se engrandece será humilhado, e quem se humilha será engrandecido.” Ou seja, o fariseu que se julgava alguém puro e por isso já salvo. Ele se sacrificava para cumprir zelosamente todas as leis e costumes, mas mesmo assim não passou pela porta estreita. Isto porque ele achava que cumprindo as leis e os costumes se salvaria e ainda teria o direito de julgar os outros. Ao passo que o publicano, que não estava tão preocupado em cumprir com todas as leis, conseguiu passar pela porta estreita, isto porque ele reconheceu que era pecador e tinha consciência de que somente alcançaria a salvação pela graça de Deus.

Portanto, prezados amigos! Passar pela porta estreita não significa apenas observar os mandamentos e levar uma vida exemplar a ponto de se achar que somente os outros são pecadores. Passar pela porta estreita é reconhecer os seus próprios erros. É bater em seu próprio peito e dizer: Ó Deus, tem compaixão de mim, pois sou um pecador e necessito da obra salvífica de Cristo para a minha salvação. Passar pela porta estreita significa assumir uma vida de fé, deixar com esta fé nos comprometa com os mandamentos de Deus e deixar o Espírito de Deus agir em nossa vida. Entrar pela porta estreita significa não se julgar melhor do que os outros, mas sim ser humilde perante os outros e perante Deus. Amém.

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